"A boa vida
acabou", é capaz de ser a frase que mais tenho ouvido nos últimos três
meses. Quem o diz tem o seu quê de razão mas, por outro lado, não sabe bem do
que fala. Se a universidade me deu os melhores momentos da minha vida, também
me deu os piores. Cair sozinha numa cidade desconhecida foi como saltar de
pára-quedas: é uma experiência alucinante mas não sabes onde te vai levar. O
meu salto chegou ao fim. Os meus pés assentaram em terra firme. E, se por um
lado sinto orgulho em mim por ter terminado um curso superior como sempre quis,
por outro, sinto nostalgia.
A hora de dizer
adeus à cidade que tão bem me acolheu, às pessoas que foram a minha família
durante 3 anos foi das horas mais dolorosas da minha vida.
Vila Real é a minha
segunda casa. A cidade onde cresci enquanto pessoa, onde aprendi a ser
independente, a tomar conta de mim e a assumir as responsabilidades da vida
adulta. Um lugar que muitos subestimam, talvez por não ser uma cidade (nem uma
universidade) de grande dimensão mas é por isso mesmo que não me arrependo da
escolha que fiz. Só quem passa pelo Reino Maravilhoso sabe do que falo: dos
traçadinhos da Dona Isabel, dos energéticos do Sr. Carlos, das bifanas da Ruana
ou das míticas barraquinhas no Bclub. Lugares cheios de história, que guardam
momentos inesquecíveis.
Um obrigado nunca
será suficiente a esta cidade, a estas pessoas que, de uma maneira ou de outra
me fizeram ser alguém melhor.
A boa vida chegou ao
fim. Porém, Vila Real será sempre um bocadinho minha e com orgulho assumo que
estudei na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. E como se costuma dizer
por lá,
A UTAD é nossa e há de ser, a UTAD é nossa até morrer
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