terça-feira, 9 de outubro de 2018

"A boa vida acabou", dizem


"A boa vida acabou", é capaz de ser a frase que mais tenho ouvido nos últimos três meses. Quem o diz tem o seu quê de razão mas, por outro lado, não sabe bem do que fala. Se a universidade me deu os melhores momentos da minha vida, também me deu os piores. Cair sozinha numa cidade desconhecida foi como saltar de pára-quedas: é uma experiência alucinante mas não sabes onde te vai levar. O meu salto chegou ao fim. Os meus pés assentaram em terra firme. E, se por um lado sinto orgulho em mim por ter terminado um curso superior como sempre quis, por outro, sinto nostalgia.
A hora de dizer adeus à cidade que tão bem me acolheu, às pessoas que foram a minha família durante 3 anos foi das horas mais dolorosas da minha vida.
Vila Real é a minha segunda casa. A cidade onde cresci enquanto pessoa, onde aprendi a ser independente, a tomar conta de mim e a assumir as responsabilidades da vida adulta. Um lugar que muitos subestimam, talvez por não ser uma cidade (nem uma universidade) de grande dimensão mas é por isso mesmo que não me arrependo da escolha que fiz. Só quem passa pelo Reino Maravilhoso sabe do que falo: dos traçadinhos da Dona Isabel, dos energéticos do Sr. Carlos, das bifanas da Ruana ou das míticas barraquinhas no Bclub. Lugares cheios de história, que guardam momentos inesquecíveis.
Um obrigado nunca será suficiente a esta cidade, a estas pessoas que, de uma maneira ou de outra me fizeram ser alguém melhor.
A boa vida chegou ao fim. Porém, Vila Real será sempre um bocadinho minha e com orgulho assumo que estudei na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. E como se costuma dizer por lá,

A UTAD é nossa e há de ser, a UTAD é nossa até morrer




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