Blackita, a melhor do mundo

Hoje não sabia bem sobre o que escrever e pensei... Porque não relembrar uma das melhores coisas que me aconteceu na vida? A Blackita, sim.

Mereces uma página no meu blog, por me teres ensinado muito, principalmente a amar.

Não procurávamos um animal de estimação e eu não sabia bem o que isso era (a não ser um hamster ou um passarinho), caiu cá em casa quase de para-quedas e foi a melhor surpresa de sempre.
Foram os melhores tempos da minha vida, passava os dias praticamente todos com ela... aquela que eu considerava a minha melhor amiga. Brincávamos juntas, dormíamos juntas, até comíamos juntas.

Ficava fula quando ias tirar comida ao meu prato mas adorava ver-te comer.

A ligação que eu sentia com aquela gatinha tão pequena e frágil era maravilhosa, tê-la visto crescer foi simplesmente mágico. Quando entrei na universidade foi uma das coisas que mais me custou, deixar de a ver todos os dias mas, em compensação, um dos momentos altos da minha semana era a sexta-feira à noite, quando chegava a casa e a tinha à minha espera. Coisas impagáveis.
Um dia cheguei e ela não estava lá. Diz-me a minha mãe "deve ter ido dar uma volta, já deve voltar", esta mentira durou pouco tempo. "A Blackita saiu e nunca mais apareceu, não sabemos dela". De imediato saí de casa à procura dela, a chama-la, de lanterna na mão, só queria a minha menina de volta. Dia 29 de novembro de 2015, um dos dias negros da minha vida. Mais de um ano depois continuo com aquela pequena esperança de que ela um dia vai voltar...

Queria tanto que estivesses comigo.

Passado tanto tempo continuo a sentir um vazio tão grande.

Volta. Para mim.

Podem dizer o que quiserem. Digam que são só animais, que os animais não sentem, que os cães são meigos e os gatos arrogantes. Não importa. A minha gatinha era a melhor do mundo e eu sinto a falta dela, daqueles olhos verdes, de a sentir a roçar-se na minha perna, de a fotografar, das noites em que

adormecia no meu peito e eu não me mexia para não a acordar. Pode parecer-se estranho mas até tenho saudades das noites em que não me deixavas dormir, de quando eras chatinha e só querias mimo...

Vou sentir sempre a tua falta, pretinha