Até que a morte nos separe

Este é um daqueles posts que eu não sei bem por onde começar. É um assunto que me arrepia da cabeça aos pés. Mexe comigo. Violência doméstica. Algo que está presente no dia a dia de todos nós. Mesmo que não se passe connosco, todos conhecemos algum caso. Qualquer pessoa pode ser vítima, qualquer pessoa pode ser agressor. Embora muitos possam pensar que sim, estas situações não estão presentes apenas em família desfavorecidas. Se alguém tiver de agredir, agride. Se alguém tiver de matar, mata. Possuir mais ou menos dinheiro não altera o caráter das pessoas.
Violência doméstica não implica apenas agressões físicas. Na maioria dos casos, o sofrimento psicológico, sexual e económico também estão presentes. É triste mas é verdade.

Trata-se de algo especialmente delicado. A mim sempre me disseram Entre marido e mulher não se mete a colher mas é algo que vai contra os valores que me foram incutidos e tudo aquilo em que, enquanto mulher, acredito. Não nos podemos calar.

É verdade, corremos o risco de nos depararmos com marcas no corpo, com anos e anos de violência, com uma vida de sofrimento, com mazelas impossíveis de reparar. Nunca é fácil mas Porque não intervir? 

Em pleno século XXI é normal ouvir Ele só me bate quando bebe muito mas sei que me ama. Mas não, isso não é amor. Agressões físicas, verbais ou sexuais não são demonstrações de carinho. Homens ou mulheres, todos temos direito a uma vida repleta de felicidade e satisfação pessoal. Não podemos viver ao lado de alguém que nos puxa para trás e não nos deixa evoluir.

É uma organização sem fins lucrativos e de voluntariado, que apoia, de forma individualizada, qualificada e humanizada, vítimas de crimes, através da prestação de serviços gratuitos e confidenciais.

Não compactuem com a violência e o desrespeito.